O que é que eu vou fazer sem o Brasil? Sem São Paulo, sem a Raposo Tavares, sem o Cosmos, perto do Extra, no km 14, tipo interior? O que é que eu vou fazer sem a minha Rits e a minha Leites para me acordarem quase ao estalo para irmos para a USP? Sem a Paulista, a Faria Lima, a Óscar Freire, a Augusta? Sem os domingos deprimentes, os domingos felizes, as segundas, terças, quartas, quintas, sextas e sábados de festa cubana? Sem as nossas sopas, as pataniscas e os panados da Dantas, o arroz de frango da Claudjinha? O que é que eu vou fazer sem os meus intercambistas todos, mais os brasileiros que ocuparam um espação do meu coraçãozinho apertado? Onde é que eu vou arranjar pastéis e suco de caju? E o que vou fazer com o meu bilhete único?
Estou sem dormir e pronta para morrer depois de uma semana inteira de despedida. Hoje sambámos até cair para o lado e sujámos os pés. Vim descalça para casa depois de chorar no táxi à vinda da Gambiarra, a passar na Avenida Paulista, depois de um pequeno-almoço conturbado num boteco.
A verdade é que estes foram os 5 melhores meses de sempre. E toda a gente devia fazer intercâmbio. Ás 8h da noite estaremos no avião. E eu vou ser a pessoa mais bipolar do mundo.
(vou ser pindérica agora)
Non, Je Ne Regrette Rien - Edith Piaf
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