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domingo, 14 de setembro de 2008

Kikz Madridz

Ora bom dia, alegria!
Como estão, minhas queridas?

Agradecia notícias. Da Diana só sei que já arranjou casita, relativamente barata para Barcelona e das brasileiras que se colaram na casa de umas pessoas que não conheciam no Rio de Janeiro... porém, afinal conheciam porque eu lhos tinha apresentado há um ano e meio. Sim, caros leitores, há precisamente um ano e meio atrás apresentei as chicas de sampa a uns rapazes que são amigos do meu amigo Hugo. Esses mesmos amigos (cachopos bonitos, por sinal) estão, neste momento, agora, no presente do indicativo a , nada mais, nada menos que dando guarida às chicas de sampa no Rio de Janeiro. É como se tivessem encontrado o primo da prima da cunhada de uma tia que é sobrinho do primo do tio de não sei quem (isto não tem lógica nenhuma mas, como diria eu há umas noites atrás, pode ser uma "lógica kantiana) (?). Mundo pequeno. *(no final)
Bem, os meus dias têm sido longos e engraçados. Temos frequentado o curso de castelhano à tarde e à noite costumamos ir para o centro onde é suposto encontrarmo-nos 3 pessoas que acabam sempre por ser 30 (sabe-se lá porquê). Conhecemos gente fixe, gente estranha e gente um pouquinho iritante. Já começam as piadas internas, as piadas repetidas, as informações privadas e os gozos mútuos. Às vezes tenho flashbacks de vosotras, do Helder e da Teresa e tenho saudadicas (te lo juro).

Dentro de mim cresce um síndrome de emigra: adoro dizer palavrões, apetece-me comer uma nata sempre que vou tomar café, comparo toda a cerveja que bebo à Superbock (nunca 'se compara') e meto conversa com todos os brasileiros que me aparecem à frente só para trocar algumas palavras em português cantado (e peço para me ensinarem a sambar mas rapidamente se apercebem que sou descoordenada motora). Qualquer dia faço uma festa cá em casa e danço tecktonik ao som de um remix do toy . Falando em tecktonik, obviamente que já pedi aos franceses cá do sítio para dançarem, mas eles são coninhas.
Bem, não me apetece dizer mais nada. Só que já fomos semi-perseguidas no metro e quase mortas por uma granizada que fez com que pensasse que o mundo acabaria no dia seguinte. Mas consegui seguir a minha vida!
Beijinhos e abraços. Mandem notícias e afins.
ps: Diana, da próxima vez que fores ao supermercado, vê se há leche merengada.
ps 2: Obrigada pelo sermão, mami. Para a próxima escrevo "caralho". Se não queres que diga, diz ao pai para não me ensinar palavras destas (estou a brincar).

Notas:
* Este foi, provavelmente, o parágrafo mais confuso da história da língua portuguesa.

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