Rotness total

Olá amigos leitores!
Os meus dias têm sido algo atribulados, mas vou fazer um pequeno (ou, pelo menos, quase pequeno) resumo:
Tenho estado por todas las calles de Madrid. Na sexta fomos ao shoko, na La Latina, a uma festa da Universidade Complutense. Arrastámos o Luís, o "português", pusemo-nos bonitas (ou quase) e fomos a la fiesta. Dos espanhóis só posso dizer uma coisa: são loucos. A disco era muito gira mas muito cara, com vodka a 10 euros, pelo que me fiquei por uma Heineken que, na minha opinião, deixa muito a desejar em relação à nossa Super Bock.
No dia seguinte, arrastamo-nos até ao jardim del Retiro. Pensávamos nós que íamos para um sítio todo calminho quando nos deparamos com um jardim enorme, com um lago igualmente enorme e cheio de barquinhos. Havia música, muitos jambés e baile. Vá-se lá ver que até mexicanos a fazer uma aula de uma dança estranha encontrámos... Todos living la vida loca.
Ontem repetimos a dose. Levantamo-nos cedinho para ir ao rastro, a vandoma/ladra cá do sítio. É completamente surreal. As ruas estavam cheias de gente e tendinhas de coisas usadas estendiam-se por todas as ruelas. Os tascos estavam cheias de gente a beber copas e a comer tapas e bocadillos, com música espanhola muito alta. Até ao domingo de manhã os espanhóis apanham a puta e fazem a festa (perdoem-me o vocabulário, mas é o mais indicado). Também encontramos tendinhas de anarquistas cheias de livros sobre veganismo, propaganda sindicalista, livros de heróis da "luta". São bué de fofinhos, nem parecem anarquistas.
Mais tarde, depois de termos comido num tasco todo cigano, onde as pessoas cuspiam para o chão enquanto nós comiamos, dirigimo-nos ao retiro, onde fizemos uma siesta de uma hora na relva, até umas mexicanas se sentarem ao nosso lado com música (suponho que de um Luís Adolfo ou de um Roberto Rodrigo qualquer) alta e de soltarem gases sonoros. Obrigada senhoras mexicanas, pelo cheiro e pelo sonoro!
Depois, subimos para cima dos monumentos e ficamos a ver os senhores dos jambés e as pessoas que bailavam tresloucada e descoordenadamente ao sem som. Assim ficamos por umas horitas, jantamos e fomos para Malasaña, à Plaza dos de Mayo, onde toda a gente apanhava a puta. Disto se conclui que a vida dos espanhóis se resume a apanhar a puta. A única coisa que me fez gostar menos do dia foi ter visto ratos (ou um rato) (mas era enorme, bem podia ser uma ratazana), que me fez dar gritinhos histéricos ao ponto de traumatizar os alemães e pôr a empregada do café atrás dos ratos a rir-se da minha cara. Obrigada senhora peruana, por me ridicularizar em frente a toda a gente!
Hoje fomos para a Faculdade ver os resultados do exames de castelhano com quatro horas de sono. À entrada da faculdade pusemo-nos a falar com uma rapariga italiana que ficou bué de nossa migunxa. É, agora, provavelmente a próxima melhor amiga (para quem não sabe, há um melhor amigo do mês, eleito segundo parâmetros muito pouco definidos). Também conhecemos um belga, um italiano e outras duas italianas com quem vamos sair hoje à noite. Amanhã teremos um jantar italiano, feito pelo Luigi. Espero que seja bom, senão mando todos os italianos passear, visto que faz parte dos meus planos ter amigos italianos precisamente para cozinharem para mim.
Assim é a vida em Madrid. Sair, passear, falar portunhol... Temos dormido pouco e caminhado muito. Já não me perco tanto nas ruas, mesmo que pareçam todas iguais, e já me desenrasco a cozinhar. Eu e a Margarida entemo-nos bem e parece que já nos estamos a adaptar muito bem à vida em Madrid.
Bem, meus caros, peço desculpa por não ter nenhuma estória mirabolante à kikece mas, nunca se sabe, amanhã poderá haver alguma (não me chamasse eu Ana Cristina). A foto tirei-a no Sábado no retiro.

Vá, quero mais feedback: comentários e post. Aguardo notícias dos estagiários e das paulistas. Quanto à diana, ligo-lhe mal tenha número espanhol.
Besos besos


Ps: rotness total